Vacina contra a Covid-19 da chinesa Sinopharm será a 4ª a entrar em fase de testes em humanos no Brasil
A farmacêutica chinesa Sinopharm e o governo do Paraná se preparam para a começar o quarto teste de uma potencial vacina para Covid-19 no Brasil. Na quarta-feira (29), o instituto paranaense que conduzirá os trabalhos no país assinou um acordo com estatal da China.
Os responsáveis pelos ensaios clínicos afirmaram que pretendem enviar, dentro de 15 dias, um pedido à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para dar sequência com os estudos de mais esta imunização. A candidata da Sinopharm se somará a outras três vacinas testadas no país:
- Universidade de Oxford/AstraZeneca (Reino Unido) – em Fase 3
- Sinovac Biotech (China) – em Fase 3
- Pfizer/BioNTech (EUA/Alemanha) – em Fase 2
Segundo a empresa chinesa, a candidata que será avaliada no Paraná pode estar pronta até o final deste ano. Em entrevista à agência de notícias Reuters, o diretor do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), Jorge Callado, disse que profissionais da saúde estarão entre os primeiros vacinados.
“O protocolo de validação em desenvolvimento irá definir o número mínimo de pessoas que participarão dos testes. E, possivelmente, os profissionais da saúde, por estarem na linha de frente do enfrentamento da pandemia, devem ser aqueles testados inicialmente” – Jorge Callado, Tecpar
Ele disse também que hospitais universitários do estado poderão apoiar a vacinação na fase de testes clínicos: “Trabalhamos com a expectativa de finalizar o protocolo de validação e submetê-lo aos órgãos regulatórios em cerca de 15 dias”.
Testes no Brasil
O Brasil se tornou um importante cenário para testes de possíveis vacinas para a Covid-19 devido à intensa circulação do vírus no país, que na semana passada registrou o maior número de casos em uma semana epidemiológica desde o início da pandemia.
As candidatas a vacina de Oxford/AstraZeneca e Sinovac Biotech já começaram a ser testadas no país, que tem acordos com os respectivos laboratórios internacionais para obtenção de doses da vacina e posterior produção local, caso se provem eficazes e seguras.
A vacina de Oxford será produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), como parte de acordo fechado pelo Ministério da Saúde, enquanto a vacina chinesa está sendo desenvolvida em parceira com o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo.
O acordo da Sinopharm com o governo do Paraná também prevê a transferência de tecnologia para produção própria, caso a vacina seja aprovada para uso. É o mesmo tipo de acordo feito pelo Brasil com os desenvolvedores da vacina da Universidade de Oxford.
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