Robôs podem atuar como psicólogos, segundo estudo
A psicoterapia é uma das principais ferramentas para quem busca o bem estar ou a resolução de problemas específicos. O contato com um profissional condicionado para lhe ajudar em questões pessoais traz uma maior segurança para quem se encontra em momentos de angústia, porém, ainda há pessoas que têm medo de serem julgadas pelo especialista em terapia. E é por este motivo que um estudo conduzido pela universidade de Plymouth indica que robôs podem começar a adquirir o papel de psicólogos.
As pessoas sentem-se mais confortáveis em compartilhar seus problemas com eles por não haver possibilidade de serem julgadas. O robô programado pela universidade é capaz de entregar uma entrevista motivacional de qualidade. Alguns participantes do experimento chegaram a alegar que preferiram ser atendidas pelos robôs do que por seres humanos.
O lado positivo da terapia com robôs
O estudo mostrou que os robôs também atingiram um objetivo fundamental quando o assunto é entrevista motivacional: Eles encorajaram os participantes a atingir suas metas, além de dissolver alguns dos dilemas que faziam com que as pessoas não alcançassem seus propósitos. No caso do estudo, os componentes da pesquisa desejavam aumentar o seu nível de atividade física.
Como o robô foi programado
Para o experimento, o robô foi programado utilizando um roteiro pré-estabelecido, criado para provocar ideias e conversações que pudessem influenciar os participantes a aumentar a frequência em que praticavam atividades físicas.
Entenda o que é a entrevista motivacional
A entrevista motivacional é uma técnica que envolve aconselhar e encorajar alguém a falar sobre algo que eles precisem mudar, e por que precisam dessa mudança. O papel do entrevistador nessa modalidade é evocar uma conversa sobre transformação e compromisso.
Como foi feita a entrevista
A dinâmica funcionava da seguinte maneira: O robô fazia uma pergunta, e ao responder à questão, o participante apertava um botão na cabeça do dispositivo. Algumas sessões chegaram a durar mais de uma hora, tamanha a satisfação das pessoas frente à qualidade do atendimento.
Conclusões
“Nós ficamos surpresos com a facilidade que os participantes tiveram em se abrir frente à uma experiência tão incomum, que é discutir seu estilo de vida com um robô”, disse Jackie em entrevista ao periódico. “Como se não bastasse, os participantes classificaram a interação que tiveram como agradável, interessante e útil”.
As pessoas que participaram do experimento também apontaram pontos como ouvir a si mesmo durante a conversa e não serem interrompidos como destaques da dinâmica, o que mostra que robôs podem ser a chave para a formação de novas formas de psicoterapia.
“O próximo passo da pesquisa é tornar o estudo quantitativo, isto é, ter um número plausível de pessoas envolvidas no experimento para saber se os aconselhamentos do robô foram capazes de realmente modificar seus comportamentos no dia a dia, causando a melhora frente aos objetivos almejados”, conclui Jackie.
Fonte: G1
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