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Polícia e MPRJ prendem advogados suspeitos de golpe milionário contra plano de saúde

Quatro advogados foram presos, na manhã de segunda-feira (10), durante uma operação para desarticular uma quadrilha suspeita de aplicar um golpe milionário contra uma empresa de plano de saúde.

A ação é comandada por agentes da Delegacia de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, e promotores do Gaeco, do Ministério Público do Rio de Janeiro. Os mandados são cumpridos na capital fluminense e também nos estados da Bahia e Minas Gerais.

Até as 6h45, já tinham sido presos os advogados Edilson Figueiredo de Souza, em Brasília, Darcy José Royer, em Uberlândia, Minas Gerais, e Daniel Angelo de Paula e Manoel José Edvirgens dos Santos, em Salvador, na Bahia.

Nos endereços onde os suspeitos foram presos a polícia encontrou muitas jóias e artigos de luxo. Entre 2012 e 2019 eles movimentaram R$ 400 milhões em suas contas bancárias.

No Rio de Janeiro, os agentes fizeram busca na casa de Edilson de Souza, localizada em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, mas ele não foi encontrado. O suspeito foi encontrado por policiais em Brasília.

Os presos são suspeitos de estelionato, falsificação de documentos, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Os agentes também tentam cumprir mandados contra outro advogado. De acordo com as investigações, um dos golpes praticados pelo grupo causou um prejuízo de R$ 17,6 milhões à Unimed de Petrópolis.

O golpe consistia em vender para empresas créditos da Receita Federal, que na verdade, não existiam. Os dados falsos eram inseridos no sistema e enganavam empresários.

As investigações apontam que as irregularidades foram praticadas entre setembro de 2012 e abril de 2017.

No caso do prejuízo à Unimed, os advogados primeiro fingiram vender um para o outro a cessão do crédito, depois ofereceram os documentos para a cooperativa.

Como funciona o esquema

  1. Criam-se processos administrativos fictícios, alterando sistema computacional de órgão federal, gerando números de protocolos;
  2. São lavradas escrituras públicas falsas contendo números de protocolos e processos administrativos fictícios e ajuízam-se demandas almejando chancela judicial para concretizar o suposto crédito inexistente,
  3. De posse das cópias de processos administrativos e judiciais criados propositalmente para este fim, o grupo confere aparência de legalidade aos documentos, até porque há correspondência dos números nos sítios oficiais;
  4. Vendem os falsos créditos, normalmente para grandes empresas que visam se beneficiar de uma compensação tributária.
Fonte: G1

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