Armadilhas desenvolvidas pela Uenf para monitoramento do Aedes aegypti são instaladas em Campos, no RJ

O experimento foi aderido pela Prefeitura de Campos, através da Vigilância em Saúde, e representa mais uma ferramenta de combate ao mosquito — Foto: Divulgação/Prefeitura de Campos
Foram instaladas nesta terça-feira (11), na localidade Beira do Taí, em Campos dos Goytacazes, as primeiras unidades da armadilha “GrudAedes” na cidade. O experimento foi criado pela Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) e já foi instalado em São João da Barra.
O experimento foi aderido pela Prefeitura de Campos, através da Vigilância em Saúde, e representa mais uma ferramenta de combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite doenças como a dengue, zika, febre amarela e chikungunya.
A GrudAedes é feita de papelão e pintada com tinta preta. Os pesquisadores usaram uma cola específica e um pequeno disco que atrai o mosquito por ter um odor semelhante ao exalado no suor de uma pessoa.
“Trouxemos 300 armadilhas que serão instaladas nas residências pelos agentes. Em 15 dias, retornaremos para fazer o primeiro balanço da experiência e no início de outubro os agentes voltarão às casas para recolhê-las. Durante a instalação estamos também orientando moradores sobre o funcionamento da ‘GrudAedes’ e pesquisando os melhores locais para instalação”, ressaltou o diretor do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Marcelo Sales.
A comerciante Sandra Ribeiro foi a primeira moradora da localidade que recebeu as armadilhas.
“Não conhecia essa armadilha e achei muito interessante pela maneira fácil como funciona e também por ser prática. Não tive casos de dengue nem de chikungunya na minha família, mas amigos tiveram a doença. Fico muito feliz que tenham escolhido nossa comunidade porque a região fica distante do Centro e precisamos também dessa atenção”, ressaltou.
A “GrudAedes” surgiu de uma pesquisa do professor Edmilson José Maria, que chamou atenção do CCZ pela praticidade e baixo custo.”Resolvemos nos unir em prol da saúde da população e iniciamos a experiência por Beira do Taí, pela localidade estar próxima a uma região onde o índice de infestação do aedes foi alto e por ter áreas de mata. Vamos traçar ainda, um cronograma com outras localidades que serão contempladas, mas precisamos avaliar os primeiros dados de Beira do Taí, quantos mosquitos cada armadilha atraiu, as residências com maior número de focos”, explicou Edimilson.
A diretora da creche municipal da localidade, Graziela de Fátima, também recebeu os agentes do CCZ e fez questão de acompanhar todo o processo de instalação das armadilhas.
“Achei essa ideia maravilhosa. Realmente é uma inovação e mais uma ferramenta importante no combate ao aedes aegypti, principalmente na nossa unidade, que tem mais de 130 alunos. Espero que a experiência seja um sucesso. Estamos felizes em poder contribuir”, disse.
A armadilha tem duração de 30 dias e cada residência e comércio visitados pelos agentes do CCZ, receberam duas unidades para serem testadas.
Os pesquisadores da Uenf desenvolveram ainda um aplicativo próprio para celulares, para que os agentes possam ter um banco de dados com fotos das armadilhas durante as visitas.
Fonte: G1
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