Anvisa orienta que pessoas que nunca tiveram dengue não devem tomar vacina da doença
Pessoas que nunca tiveram contato com o vírus da dengue podem desenvolver formas mais graves da doença caso tomem a vacina contra a doença. O alerta é da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), divulgado nessa quarta-feira (29), com base em informações do laboratório Sanofi-Aventis, fabricante da vacina Dengvaxia, aprovada no Brasil em 28 de dezembro de 2015. Ela não é oferecida pelo Programa Nacional de Imunizações.

A Anvisa avalia que, para as pessoas que já tiveram dengue, o benefício do uso da vacina permanece favorável. – Foto: Divulgação
Segundo a Agência Brasil, a suspeita do laboratório, apresentada nesta semana, ainda não é conclusiva, mas, diante do problema, a recomendação da Anvisa é que a vacina não seja tomada por pessoas que nunca tiveram dengue. Apesar de esclarecer que a vacina por si só não é capaz de desencadear um quadro grave da doença nem induzir ao aparecimento espontâneo da dengue, existe a possibilidade de que pessoas soronegativas desenvolvam um quadro mais agudo de dengue caso sejam infectadas após terem recebido o medicamento.
Para desencadear um quadro grave é preciso ser picado por um mosquito infectado. A bula da vacina será atualizada enquanto a Anvisa avalia os dados completos dos estudos, que ainda serão apresentados pelo fabricante. A vacina da Sanofi, chamada Dengvaxia, é a única aprovada no Brasil. O produto é indicado para imunização contra os quatro subtipos do vírus. Para as pessoas que já tiveram dengue, a Anvisa avalia que o benefício do uso da vacina permanece favorável.
A Anvisa divulgou comunicado esclarecendo que “este risco não havia sido identificado nos estudos apresentados para o registro da vacina na população para a qual a vacina foi aprovada”. A agência informou que, antes do registro, os efeitos da imunização foram estudados em mais de 40 mil pessoas em todo o mundo, e que as pesquisas seguiram os padrões estabelecidos por guias internacionais da Organização Mundial da Saúde (OMS).
FONTE: Agência Brasil
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